24/02/2010 - 23h05

EUA viram nos acréscimos e vencem El Salvador em amistoso pré-Copa

Do UOL Esporte
Em São Paulo
  • O atacante Conor Casey disputa bola com zaga salvadorenha em Tampa Bay, na Florida

    O atacante Conor Casey disputa bola com zaga salvadorenha em Tampa Bay, na Florida

Em jogo-laboratório para a Copa do Mundo da África do Sul, a equipe norte-americana venceu na noite desta quarta-feira o selecionado de El Salvador pelo placar de 2 a 1, no Estádio Raymond James, em Tampa Bay, Florida.

Os salvadorenhos abriram o placar com Corrales aos 14 minutos da etapa complementar, para que os donos da casa empatassem aos 29 com Brian Ching e virassem já nos acréscimos com Kljestan.

Encerrando sua preparação antes da estréia na Copa da África do Sul contra a Inglaterra (12 de junho), os norte-americanos irão fazer ainda dois amistosos: dia 25 de maio enfrentam a República Tcheca, em local a determinar, e quatro dias depois recebem a Turquia, em Filadélfia.

O jogo

Os Estados Unidos entraram em campo com um time quase exclusivamente “local”: dos 20 homens chamados, apenas o zagueiro Clarence Goodson não atua na Major League Soccer – defende o IK Start, da Noruega.

A exceção foi aberta porque o técnico Bob Bradley tem se mostrado insatisfeito com o centro de sua linha defensiva – os ianques haviam perdido suas últimas três partidas disputadas, com duras críticas à zaga.

Outra dúvida do técnico Bradley estava no ataque, onde o veterano Ching disputa um lugar no avião que vai à África com Casey – este último iniciou a partida, dando lugar a Ching, autor do primeiro gol, após o intervalo.

Landon Donovan, jogador do Everton da Inglaterra e estrela da seleção norte-americana, não foi para o jogo.

Já os salvadorenhos, que por muito pouco não se classificaram para a Copa do Mundo – chegaram em quinto nas eliminatórias da Concacaf, que classificavam até o quarto colocado para ir à repescagem – tentavam reverter um prognóstico negativo jogando em território norte-americano: sem terem logrado um êxito sequer, foram dois empates e 14 derrotas, contando com a desta quarta-feira.

Até os 25 minutos da etapa inicial, o jogo foi frio, com ambas as equipes se estudando e procurando brechas para avançar. Os norte-americanos, porém, foram pouco a pouco se projetando à frente, cercando primeiro a área, depois a meta dos salvadorenhos, e criando algumas oportunidades infrutíferas.

No segundo tempo, os norte-americanos aumentaram ainda mais a pressão, principalmente nas bolas aéreas. Mas permitiram que um contra-golpe dos salvadorenhos, aliado a uma total falta de coordenação do goleiro com a zaga, fosse fatal – para desespero do técnico Bob Bradley.

Um balão espirrado pelo meio de campo foi em direção à ponta esquerda do ataque salvadorenho. Um dos zagueiros ianques, Marshall, se adiantou ao grupo de quatro jogadores que corriam em direção à bola, e poderia ter afastado de cabeça para a linha de fundo.

Mas Marshall, cercado, preferiu tocar para o meio da área, esperando que o goleiro Perkins a recebesse. Ele não esperava que o atacante Corrales, que estava fora da área no momento do passe, corresse mais que o arqueiro e que o zagueiro Goodson, que fazia a cobertura. Na velocidade, o salvadorenho se antecipou ao goleiro e correu pro abraço.

Do outro lado do campo, o goleiro salvadorenho Montes tinha cada vez mais trabalho e realizava verdadeiros milagres, compensando a incompetência de sua defesa. Após o gol de seu time, foi ainda mais fulminado pelo ataque dos Estados Unidos.

Mas como o ditado da água mole com a pedra dura dificilmente não se comprova, Montes, o grande nome da partida até então, não evitou a virada. Primeiro aos 29 minutos, quando viu o cruzamento pela esquerda chegar até a cabeça de Brian Ching, que da frente da pequena área, completou para o fundo do gol, ajudando um pouco mais o técnico Bob Bradley a se decidir sobre ele ou Casey.

Depois, Montes colocou sua excelente atuação a perder. Já nos acréscimos, ao invés de isolar a bola para o outro lado do campo e segurar o resultado, o goleiro preferiu sair jogando com Gonzalez. Desatento, o zagueiro não viu Kljestan chegar por trás e roubar-lhe a bola. O meia norte-americano tabelou com Ching e apareceu livre na frente do gol para virar a partida e encerrar a série negativa de seu selecionado.

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