09/02/2010 - 12h49

Dunga revê clamor popular, mas afasta pressão por Ronaldinho na Copa

Do UOL Esporte
Em São Paulo
  • Técnico Dunga já adiantou que não vai ceder ao clamor popular em relação a jogadores para Copa

Mesmo não tendo sido convocado para o amistoso contra a Irlanda, no dia 2 de março em janeiro, o nome de Ronaldinho Gaúcho foi o mais falado durante a entrevista coletiva do técnico Dunga, na sede da CBF, no Rio de Janeiro. O treinador da seleção brasileira até tentou não perder a paciência com os repetidos questionamentos.

“É incrível como as coisas se repetem. Essa pergunta, por exemplo, já fizeram uma dez vezes, mas tento ficar calmo”, rebateu Dunga em um dos últimos questionamentos da coletiva.

A principal questão colocada pelo treinador do time nacional do Brasil é que está acontecendo novamente o mesmo das últimas Copas: o clamor popular por um jogador que não está na lista de convocados. Mas ele já adianta que não vai ceder a isso para o Mundial da África do Sul.

“Já foi assim com o Parreira, com o Felipão, com o Zagallo... Não seria diferente agora. Mas o que o torcedor precisa entender e ter a noção é que muito nomes foram criticados anteriormente e agora querem eles de novo aqui. Vai ser sempre assim”, explicou.

Dunga também se viu obrigado a comentar sobre outros nomes que vivem bons momentos em seus clubes, mas não foram lembrados, como é o caso dos atacantes Vagner Love, do Flamengo, e Ronaldo, do Corinthians. Para o técnico, os atletas precisam repetir na seleção as atuações que apresentam nas equipes.

“Nem todo jogador que chega à seleção tem a capacidade de repetir aqui o que faz no clube e nesse momento, não quero refazer algo que não deu certo”, disse Dunga sobre Vagner Love. “Na seleção é bem mais difícil de jogar. Eu preferi optar por atletas que tenham apresentado um rendimento satisfatório conosco.”

Já sobre Ronaldo, o técnico deixou claro que ele dificilmente terá espaço por conta do que aconteceu na Copa de 2006, quando foi amplamente criticado por sua falta de preparo físico e comprometimento com a seleção. “Quem o pede agora ou estava errado em 2006 ou está errado hoje. Me pediram para formar um grupo apenas com atletas que tivessem postura para jogar na seleção brasileira. E é o que estou fazendo.”

“Daqui para frente, não existem mais surpresas. Quem presta atenção no meu trabalho, sabe que vou dar seqüência a quem se comprometeu desde o início. Todos querem grandes nomes e existem jogadores que podem exercer sua qualidade na seleção. Vamos analisar tudo”, completou.

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