04/02/2010 - 08h48

Sistema locomotor se mantém intacto e Cabañas pode ter movimento perfeito

Das agências internacionais
Na Cidade do MéXico (MEX)

A cada dia o paraguaio Salvador Cabañas dá novos sinais de melhora. Nesta quinta-feira, os médicos deram uma boa notícia para os fãs do jogador do América do México. Seu aparelho locomotor se manteve intacto e há boas possibilidades de não ficar com sequelas do movimento após ter sido baleado na cabeça em 25 de janeiro passado.

“Não sabemos se ele vai ter a mesma força, o mais provável é que sim, mas não sabemos em quanto tempo”, disse o médico neurocirurgião Enrique Martínez.

Em uma coletiva de imprensa, Martínez explicou que o goleador da seleção paraguaia melhorou muito, que sua linguagem e seus movimentos estão conservados, mas a situação ainda requer muitos cuidados. A equipe médica decidiu colocar um dreno para tirar o sangue que continua no cérebro.

“Ainda temos riscos que tenha hemorragia, infecções ou alguma outra complicação, mas por enquanto não há nada disso”, informou o especialista.

Cabañas, de 29 anos foi baleado em 25 de janeiro supostamente numa briga em um bar da Cidade do México, que ainda não foi esclarecida pelas autoridades, tampouco teve os suspeitos presos.

Depois de cinco dias em coma induzido, Cabañas acordou e desde então apresenta melhoras constantes. O jogador já começou a falar e expressou sua vontade de disputar a Copa do Mundo da África do Sul, já consegue comer e nas últimas horas sentou em uma cadeira.

Segundo o corpo médico, ele está situado no lugar, mas não em relação ao tempo. Sabe que escola freqüentou, onde nasceu e o que faz, mas não se lembra de datas. “Quando o perguntamos ele responde, mas não diz quando tem fome, por exemplo. Mas se o perguntamos diz sim ou não”, afirmou.

Cabañas não recebeu a visita de seus filhos porque há áreas no hospital onde não são permitidas a presença de criançãs menores de 12 anos. Além disso, os médicos não querem que seus filhos vejam o pai entubado porque é uma imagem forte.

“Quando estiver melhor, vamos gravar um vídeo das crianças e podemos mostrar. Se ele quiser responder, gravaremos. Quando sair da CTI os filhos já podem vê-lo”, disse.

 

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