Cabañas teria desafiado suspeito a atirar, afirma testemunha

O atacante Salvador Cabañas, 29 anos, artilheiro da seleção paraguaia, foi ferido na segunda-feira em um bar da Cidade do México porque teria desafiado o criminoso a atirar nele quando o agressor teria reclamado por falta de gols pelo América, segundo uma testemunha.

A Procuradoria de Justiça do Distrito Federal abriu uma nova linha de investigação após as declarações de Javier Ibarra, empregado de limpeza do banheiro do bar, única testemunha do crime.

De acordo com o testemunho de Ibarra, divulgado à imprensa, José Jorge Balderas, suposto agressor do atacante, teria questionado Cabañas sobre os gols que teria perdido na derrota de 2 a 0 para o Morelia, dois dias antes do ocorrido. Ainda segundo a testemunha, quando o atacante perguntou para a pessoa quem ele era, o suspeito sacou uma pistola e apontou contra a sua testa.

“Atira, atira se você é macho”, teria desafiado o atleta e então recebeu o impacto de uma bala calibre 22, que o deixou entre a vida e a morte desde a manhã de segunda-feira. A nova versão sobre o ataque a Cabañas vai contra a hipótese de que o ataque teria sido motivado pela presença de uma bailarina cubana de 22 anos.

Javier Ibarra, 45 anos, é um dos sete detidos de forma preventiva pela Procuradoria de Justiça do Distrito Federal no caso Cabañas, que abalou a sociedade mexicana. Carlos Cázares, gerente do bar, dois garçons e três vigilantes completam a lista de detidos. Outras dez pessoas, entre elas a bailarina cubana, foram libertadas.

O estado de Cabañas se mantém grave em um hospital da Cidade do México. No último boletim médico, divulgado à noite, os médicos explicaram que não houve recaída, o que dá tranquilidade, mas eles se preocuparam em não fazer prognósticos sobre a saúde do atleta.

Nesta manhã, o jogador completou 72 horas após o ferimento na cabeça, um período crítico, segundo os especialistas que voltarão a dar declarações na noite desta quinta-feira.

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