26/01/2010 - 20h11

"Caso de Cabañas é um milagre", diz neurocirurgião paraguaio

Das agências internacionais
Em Assunção (PAR)

“O (caso) de Salvador Cabañas é um milagre”, declarou nesta terça-feira o neurocirurgião paraguaio Carlos Codas sobre o incidente que sofreu o jogador do América do México e da seleção de seu país, que seguiu vivo após receber um tiro na cabeça em um bar na Cidade do México.

“O caso foi um milagre porque a bala esteve a milímetros de atingir locais vitais que se encontram perto da área afetada”, disse Codas à rádio paraguaia 9,70 AM. Ex-presidente da Sociedade Paraguaia de Neurologia, Carlos Codas falou que agora só resta esperar sua evolução.

“Os riscos que podemos esperar agora são infecções, convulsões epiléticas e inchaço do cérebro. O importante é que saia como entrou, sem maiores lesões, porque entrou falando antes da cirurgia”, completou o neurocirurgião.

Codas disse conhecer muito bem o médico mexicano que realizou a complicada cirurgia do atacante Cabañas, Ernesto Martinez, e destacou que seus procedimentos foram corretos em não extrair a bala da cabeça do atleta para evitar maiores complicações. Ele afirmou ainda que somente na próxima semana poderá ser avaliado se o paciente está ou não fora de perigo de morte.

O artilheiro paraguaio Cabañas levou um tiro na cabeça na madrugada desta segunda-feira enquanto estava no banheiro de um bar na capital mexicana. Apesar da gravidade do fato, ele chegou consciente ao hospital.

Após as primeiras 24h internado depois da cirurgia, o quadro clínico de Salvador Cabañas apresentou melhoras, mas a situação do atacante ainda é grave, segundo informaram os médicos responsáveis.

"Virtualmente" fora da Copa-2010

Carlos Codas disse que Cabanãs, titular da seleção paraguaia, não estará apto para disputar a Copa do Mundo que começa dia 11 de junho na África do Sul, caso se recupere bem do ocorrido. "Se ele se recuperar, só poderia chegar a um nível de competição em 5 ou 6 meses. Ele está virtualmente descartado do Mundial da África do Sul. É uma pena", concluiu.

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