25/01/2010 - 09h55

Felipe Melo diz não se sentir garantido na Copa-2010

Das agências internacionais
Em Zurique (Suíça)

Apesar da má fase da Juventus e das constantes críticas, Felipe Melo segue como um dos homens de confiança de Dunga na seleção brasileira. Apesar da preferência do treinador, o volante não se considera ainda como parte da equipe que disputará a Copa do Mundo-2010.

“Não acho que esteja garantido na Copa porque, num país como o nosso, o país do futebol, ninguém pode se achar absoluto. Sinto que estou muito perto de jogar uma Copa, mas só vou acreditar mesmo quando estiver lá. Se conseguir e se no futuro algo acontecer com a minha carreira, espero poder me orgulhar de falar para meus filhos e netos que participei de uma Copa do Mundo”, afirmou, em entrevista ao site oficial da Fifa.

Felipe Melo disse não se importar com as críticas recebidas já há algum tempo. “Sempre tive o sonho de chegar à Seleção. É mesmo o sonho de todo jogador. E muitas vezes zombavam de mim por falar publicamente que tinha esse sonho. Consegui realizá-lo porque trabalhei e tive muita persistência. Cheguei à seleção com 25 anos. Teve gente que chegou com 18 ou 20, mas tem gente que chegou jovem assim e não disputou nada importante”, comentou.

O volante destacou as qualidades da equipe nacional. “A seleção é hoje um time muito organizado taticamente, joga coletivamente. É de uma união muito grande dentro de campo. Você vê os jogadores sempre ajudando um ao outro. Todo mundo corre, marca e se dedica. Você vê caras como Kaká e Robinho marcando. Esse tipo de atuação está fazendo a Seleção voltar ao tempos em que estava mais perto dos torcedores, a ser um time muito querido pelo público”, analisou.

Felipe Melo ainda elogiou o trabalho de Dunga à frente da seleção. “Já trabalhei com técnico de mente muito fechada, mas o Dunga é um camarada que mostra muito trabalho e parece já ser um veterano da profissão. Sabe puxar sua orelha e sabe do que o jogador precisa. Ele sabe encurtar o caminho”, disse.

Sobre o momento ruim vivido pela Juventus, o volante crê que a má fase passará logo. “A Juventus é um grande clube e, como todos os tradicionais, isso exige títulos. Estamos há uns anos sem ganhar. Todos esperavam muita coisa de nós, e havia uma ilusão muito grande de ganhar o scudetto. Mas temos de levar isso para o campo. Estamos vivendo um momento muito difícil. Porém, acho que isso acontece com todos, como foi até com o próprio Milan no começo da temporada. Sei que a pressão é assim. Quando fui chamado para a Seleção, fui recebido com críticas por 99% das pessoas. Tive de contornar isso com bom futebol. Vamos ficar quietinhos. Agora estão nos colocando como jogadores que não valem nada, mas somos jogadores de um grande clube e temos plena certeza de que isso vai passar”, concluiu.

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