Top 5 - Tensão pré-Copa

Com a morte do líder extremista de resistência branca, Eugene Terre'Blanche, assassinado enquanto dormia neste fim de semana, os problemas raciais na África no Sul se tornam uma das preocupações na véspera da Copa do Mundo. Depois do episódio, seguidores do líder consideraram o episódio como uma declaração de guerra dos negros contra os brancos, dando um clima de temor no país do Mundial. Não é a primeira vez que o ambiente no país da Copa causa tensão aos organizadores do maior evento do futebol no planeta. Durante as 18 edições da Copa, o cenário político, o medo de terrorismo e até de incidentes climáticos apareceram como pano de fundo no mundo da bola.

Mussolini usa Mundial como propaganda fascista em 1934

AP

O ditador italiano Benito Mussolini foi a figura mais marcante da segunda edição da Copa, em 1934, na Itália. Ele aproveitou o torneio para fazer propaganda ao fascismo. A Itália se classificou para a decisão, contra a Tchecoslováquia, em jogo disputado no estádio do Partido Nacional Fascista, em Roma. Foi um momento tenso para os donos da casa, que receberam um bilhete de Mussolini que dizia: "vencer ou morrer". Diante de 70 mil torcedores, que foram "exaltar a supremacia fascista", os italianos venceram por 2 a 1 e conquistaram o título mundial para o fascismo de Mussolini.

BENITO MUSSOLINI ESTEVE EM TODOS OS JOGOS DO MUNDIAL DE 1934

"VITÓRIA OU MORTE", DIZIA BILHETE DE LÍDER FASCISTA AOS JOGADORES


Vitória da ditadura argentina em 1978

Folha Imagem

A Copa de 1978 também serviu como instrumento político ao governo da Argentina. A ditadura militar de extrema-direita tinha assumido o poder há dois anos e usou o Mundial como forma de aumentar a popularidade do governo no país. Há rumores de que o holandês Johan Cruyff, que era considerado um dos melhores jogadores do mundo, não foi à Copa por motivos políticos. Ironicamente, os argentinos conquistaram o título mundial ao vencer a Holanda na decisão, por 3 a 1, no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires. Destaque para o atacante Kempes, que marcou dois gols na final.

COPA DO MUNDO DE 1978 EM MEIO À DITADURA MILITAR NA ARGENTINA

HAVELANGE APOIA MUNDIAL EM TROCA DE APOIO PARA PRESIDÊNCIA DA FIFA


Terremotos criam clima de temor na Copa de 1986

Horacio Villalobos/AP

A Copa de 1986 foi marcada por problemas econômicos e climáticos. Em 1978, a Fifa definiu que o torneio seria disputado na Colômbia. Em 1982, o presidente Belisario Betancur disse que a Colômbia não teria condições financeiras para receber o evento. No ano seguinte, a Fifa anunciou que o México seria a sede do Mundial. Mas a realização da Copa no país foi ameaçada por um terremoto que matou mais de 7 mil pessoas e devastou a Cidade do México, no dia 19 de setembro de 1985. O Mundial revelou ao mundo o talento do craque Diego Maradona, que conduziu a Argentina ao bi mundial.

MARADONA BRILHA E CONDUZ A ARGENTINA AO TÍTULO MUNDIAL EM 1986

O PRIMEIRO MUNDIAL QUE PERMITIU TRÊS SUBSTITUIÇÕES POR PARTIDA


Jogadores dos EUA e do Irã confraternizam antes de jogo disputado na Copa do Mundo de 1998

Juca Varella/Folha Imagem

O confronto entre EUA e Irã, em 1998, na França, entrou para a história dos jogos inesquecíveis das Copas. Mas isso não ocorreu pela qualidade das duas equipes. Longe disso. As duas seleções foram eliminadas na primeira fase. Os norte-americanos perderam os três jogos e ficaram na lanterna do Grupo F. O Irã, que venceu a partida histórica por 2 a 1, perdeu os outros dois jogos. Inimigos políticos, iranianos e norte-americanos deram exemplo. Os jogadores do Irã pisaram no gramado do Stade Garland, em Lyon, com flores, entregues aos adversários antes da partida.

FRANÇA BATE A SELEÇÃO BRASILEIRA E VENCE A COPA DE 1998

O NÚMERO 13 SE VIROU CONTRA O TÉCNICO ZAGALLO, DO BRASIL


O terrorismo rondou a Copa do Mundo de 2006

Juca Varella/Folha Imagem

O medo ao terrorismo rondou a Alemanha durante a Copa do Mundo de 2006. Os quatro atentados a bomba que atingiram trens e um ônibus em Londres, na Inglaterra, matando mais de 50 pessoas no dia 7 de julho de 2005, aumentaram o clima de tensão no mundo. O temor também afetou a Copa, com segurança reforçada na Alemanha. Um mês depois do fim do Mundial, dois homens de origem libanesa foram presos pela suspeita de depositar duas malas com bombas na cidade de Colônia, na Alemanha, durante o torneio. A explosão só não ocorreu porque os dispositivos falharam.

A CABEÇADA QUE TIROU ZIDANE DA COPA DO MUNDO DE 2006

SELEÇÃO BRASILEIRA DECEPCIONA E É ELIMINADA PARA A FRANÇA


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