Por Alexandre Sinato, Bruno Freitas e Mauricio Stycer
Em Johanesburgo (África do Sul)
As regras do futebol são as mesmas para todos na Copa do Mundo, assim como a paixão dos torcedores por suas seleções. Mas há algo que escapa à uniformização: a forma de torcer. Cada torcida tem um jeito de manifestar apoio à sua seleção. Na arquibancada, nas ruas, ao redor dos estádios ou em qualquer outro lugar, as diferentes torcidas presentes na África do Sul ajudam a transformar o Mundial num evento, de fato, multicultural.
África do Sul - O país anfitrião, naturalmente, apresenta a maior torcida da Copa. Para além das vuvuzelas, contribuição local ao chato barulho nos estádios, os sul-africanos estão dando um show de paixão pela sua seleção. Gritam, apoiam, "orientam" o time e, especialmente, sofrem com a equipe comandada por Carlos Alberto Parreira. A mesma canção que embalou a seleção de rúgbi no Mundial de 1995, a famosa "Shosholoza", também é cantada com entusiasmo pelos fãs dos Bafana Bafana durante os jogos do Mundial.
Estados Unidos - Do país que mais comprou ingressos para a Copa, veio uma legião de torcedores tão bem-humorados quanto patriotas. Na partida contra a Eslovênia, por exemplo, o hino dos Estados Unidos foi cantado em voz alta por milhares de torcedores. Os americanos se pintam, se fantasiam (até um Elvis Presley apareceu no Ellis Park) e gritam "USA! USA! USA!". Se a seleção está jogando mal, eles comemoram o que dá: desde lateral conquistado até cartão amarelo recebido pelos adversários durante as partidas.
Brasil - Mais do que qualquer outro torcedor, o brasileiro traz para a Copa do Mundo a paixão pelo clube de coração. Como em nenhuma outra torcida, bandeiras de tantos clubes - Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Flamengo, Botafogo, Cruzeiro, Atlético, Inter e Grêmio, entre outros, marcaram presença na estreia da seleção na Copa. Um dos hinos clássicos da torcida é o "Sou brasileiro, com muito orgulho", cantado pela multidão. Como torcedores de outras nacionalidades, muitos brasileiros também adotaram a vuvuzela.
Argentina - A cada dez argentinos no estádio, pelo menos um usa a bandeira do país como capa, com as pontas amarradas em torno do pescoço. A moda não é uma exclusividade argentina, mas eles são os que mais fazem uso desta indumentária de sabor ao mesmo tempo patriótico e irreverente. Com dezenas de faixas espalhadas nas arquibancadas, eles têm transformado os estádios da África do Sul em sucursais da Bombonera - além de cantarem, o tempo todo, o clássico "Vamos, vamos Argentina, vamos, vamos a ganar...".
Holanda - É uma torcida famosa pela animação e descontração, movida a muita cerveja. Além das mulheres bonitas, que fazem a alegria dos fotógrafos. Na partida contra a Dinamarca, teve tudo isso e mais um pouco - uma ação de marketing de guerrilha de uma marca de cerveja no meio da torcida, que virou caso de polícia. Os holandeses também ocuparam o placar do Soccer City, pulando e fazendo bagunça. Críticos, os holandeses reclamam da seleção mesmo quando ela está vencendo, mas não deixam de incentivar o time.
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