O futebol uruguaio andava em baixa e sem feitos expressivos há décadas, vítima de uma crise que atingia tanto a seleção nacional quanto os clubes. Na África do Sul, a Celeste conseguiu quebrar um jejum de 40 anos e voltar às semifinais depois do quarto lugar na Copa do México ainda em 1970. Conheça os fatores que fizeram o Uruguai ressurgir para o mundo e ganhar o respeito dos rivais.
Os campeonatos no Uruguai não têm a mesma força de décadas anteriores, mas isso não influencia no desempenho desta seleção. Isso porque a maior parte dos jogadores atua em grandes centros e tem experiência internacional. Dos 23 convocados, apenas dois jogam no país de origem: o goleiro reserva Martin Silva (Defensor) e Arévolo (Peñarol). Dentre os destinos, a Itália lidera com quatro atletas, seguida por Chile/Portugal com três e Espanha/Holanda com dois. Colômbia, Turquia, Grécia, Suécia, França, Argentina e Brasil (com o botafoguense Loco Abreu), também abrigam uruguaios.
O Uruguai nunca foi taxado como favorito, mas sua defesa é reconhecida como uma das melhores do mundo. Liderada pelo capitão Lugano, que foi ídolo do São Paulo com as conquistas da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes em 2005, a defesa alia experiência, entrosamento e raça para ter terminado como a menos vazada da primeira fase da Copa com nenhum gol sofrido. Portugal e Suíça lideram o quesito com apenas um tento levado, mas foram eliminados precocemente na competição.
Quem viu o grupo do Uruguai antes da Copa com a atual campeã França, África do Sul e o perigoso México poderia até pensar que a seleção sul-americana sequer passaria à segunda fase. Mas o que era difícil se tornou fácil graças ao vacilo dos rivais, como a campanha pífia dos europeus, o que ajudou na conquista do primeiro lugar do grupo A. O caminho foi facilitado ao encontrar times sem tradição no mata-mata como a Coreia do Sul nas oitavas e Gana nas quartas, considerados os adversários mais fáceis da fase eliminatória.
Um time não se faz só de jogadores e o técnico tem responsabilidade direta na campanha da equipe no Mundial. Na estreia na Copa contra a França, assim como nas eliminatórias, a seleção foi mal atuando com três zagueiros e com Diego Fórlan no ataque, o que criou um buraco entre a defesa e o setor ofensivo. A partir do jogo seguinte contra a África do Sul, Oscár Tabarez recuou Fórlan para que ele fosse responsável por levar a bola ao ataque. A estratégia deu certo e o jogador do Atlético de Madri se tornou um dos destaques do time.
O ataque do Uruguai está longe de ser badalado, mas mostra uma eficiência da dupla Diego Fórlan e Luis Suarez que chama a atenção. Dos sete gols marcados pela seleção na Copa, seis foram de autoria dos dois (sendo três cada). Os sul-americanos deram 74 chutes a gol na Copa. Destes, 40 saíram dos pés deles (20 cada). A prova de que apenas eles resolvem no ataque é que os terceiros neste quesito são o meia-atacante Cavani e o defensor Maxi Pereira, que deram apenas sete chutes.
Jogos, resultados, preparação das equipes e muito mais.
Fique por dentro das notícias mais importantes do dia direto da África do Sul
Você receberá em média 30 mensagens por mês, sendo uma por dia.
Para Assinar
Envie uma mensagem com o texto VW para 30131.
Para Cancelar
Envie uma mensagem com o texto SAIR para 30131.
Importante: Todo o processo de assinatura e o recebimento de mensagens será gratuito