Quem será o próximo técnico da seleção? Felipão e Mano são os favoritos

Alexandre Sinato, Bruno Freitas e Mauricio Stycer
Em Durban e na Cidade do Cabo (África do Sul)


Quem terá o privilégio e a responsabilidade de dirigir a seleção brasileira nos próximos quatro anos? Neste domingo, a saída de Dunga foi oficializada, e a CBF promete anunciar o nome do novo técnico até o fim de julho.

Nos bastidores, dá-se como certo que o próximo treinador será experiente. Não se deve esperar um "gênio da lâmpada", expressão citada no ambiente da CBF. Assim, ganham força Luiz Felipe Scolari e Mano Menezes. Outros candidatos são Muricy, Vanderlei Luxemburgo e Leonardo.

Luiz Felipe Scolari

Arquivo/Folha Imagem

Último técnico a obter êxito no comando da seleção, Luiz Felipe Scolari é o nome favorito de boa parte dos torcedores e da imprensa. Experiente e com o currículo vencedor, consegue ter o grupo nas mãos e sabe fazer o time jogar. O sucesso em seleções é indiscutível. Foi penta com o Brasil em 2002 e levou Portugal até a final da Eurocopa em 2004 e às semifinais do Mundial de 2006. Felipão já deixou claro seu sonho de voltar a dirigir uma seleção. "Eu acho que seria maravilhoso encerrar a carreira numa Copa", disse. E ele planeja se aposentar justamente depois da Copa de 2014.


Joga contra

Após deixar Portugal, Felipão não realizou um grande trabalho no Chelsea. Após ser demitido, foi ganhar dinheiro no desconhecido futebol do Uzbequistão. De volta ao Brasil, está vinculado ao Palmeiras até dezembro de 2012 e assegura que cumprirá o contrato (embora seja possível conciliar clube e seleção). Além disso, já teve divergências com o presidente da CBF.


Mano Menezes

Fernando Santos/Folha Imagem

Desde que levou o Grêmio de volta à elite do futebol brasileiro, na famosa "Batalha dos Aflitos", tem realizado grandes trabalhos. Foi vice-campeão da Libertadores pelo clube gaúcho e ganhou a Copa do Brasil e o Paulistão pelo Corinthians. Educado, sabe lidar com a imprensa e consegue formar grupos vencedores.

Joga contra
Não tem experiência no cenário mundial e nunca conquistou um título internacional. Neste ano, no centenário do Corinthians, optou por compor um elenco badalado e cheio de veteranos. Jogadores rodados se queixaram do banco. O meio-campista Edu, por exemplo, disse que o técnico não se importava com os reservas e não lhe dava atenção.


Muricy Ramalho

Photocamera

Eleito por quatro anos seguidos o melhor técnico do futebol brasileiro, Muricy demonstrou no São Paulo ter capacidade de realizar um bom trabalho a longo prazo. Quando foi tricampeão brasileiro e Dunga estava ameaçado, em 2008, seu nome já foi cotado para assumir a seleção. Defensor do lema "aqui é trabalho", dificilmente se envolve em polêmicas, apesar de não ter uma boa relação com os jornalistas.

Joga contra
Além da falta de bagagem no cenário mundial, já que nunca comandou uma seleção, apresenta uma séria deficiência em competições de mata-mata, justamente as fórmulas da Copa América, Copa das Confederações e Mundial de 2014, os compromissos do Brasil nos próximos anos. Além disso, não foi bem no Palmeiras em 2009 e tem a fama de não dialogar com os atletas.


Vanderlei Luxemburgo

Vanderlei Almeida/AFP

Técnico pentacampeão brasileiro (é o maior vencedor do campeonato nacional), tem um currículo respeitável e já foi considerado o melhor do país. Passou pela seleção e conquistou a Copa América. Além disso, tem um bom relacionamento com Ricardo Teixeira.

Joga contra
Na sua primeira passagem pela seleção, fracassou nas Olimpíadas de 2000 e nas eliminatórias. Saiu em baixa depois de ser investigado na CPI do Futebol. Nos clubes, não ganha um título de expressão desde 2004, quando foi campeão brasileiro pelo Santos. Em 2005, ficou um ano no Real Madrid e foi demitido. Voltou para o país e acumula fiascos atrás de fiascos com projetos que secam os cofres das equipes. Fora de campo, é polêmico e gosta de ter plenos poderes.


Leonardo

Carlo Baroncini/AP

Com pinta de bom moço, seria uma opção para adotar uma linha oposta à implantada na era Dunga, sem atritos com a imprensa e com maior liberdade para os jogadores. Daria um novo ambiente à seleção. É uma opção para ser coordenador, já que tem uma vasta bagagem no futebol europeu e foi dirigente do Milan.

Joga contra
Seria uma aposta, como foi Dunga há quatro anos, pois é um treinador novo. No seu primeiro trabalho como técnico, não ganhou nada com o Milan. E nos bastidores da CBF o objetivo é contratar um nome consagrado.


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