Atualmente, a lista de jogadores que podem ser inscritos para uma Copa do Mundo deve ter apenas 23 nomes. Isso, no entanto, não significa que um país tenha sua participação limitada a apenas esses escolhidos. Ao longo da história, por exemplo, diversos atletas que nasceram no Brasil acabaram indo ao Mundial para defender outra nação, graças aos processos de naturalização. O UOL Esporte selecionou cinco nomes brasileiros que se destacaram atuando por outros países.
Poucos sabem, mas o primeiro brasileiro a ser campeão de uma Copa era, na verdade, italiano. Anfilóquio Guarisi Marques, conhecido como Filó, venceu o torneio com a Itália em 1938. Nascido em São Paulo e filho de Manuel Augusto Marques, segundo presidente da história da Portuguesa, foi destaque no futebol paulista e, no final de 1925, estreou pela seleção brasileira. Porém, em 1931, se transferiu para a Lazio e, com o sucesso na Europa, aproveitou o fato de sua mãe ser italiana para conseguir se naturalizar e passar a ser conhecido como Guarisi. No Mundial, jogou na vitória por 7 a 1 sobre os EUA
Apesar de ter defendido o Corinthians, Deco deixou o Brasil praticamente como um desconhecido. Em Portugal, no entanto, o jogador conquistou o respeito no futebol e, com isso, decidiu se naturalizar para defender a seleção portuguesa. Coincidentemente, sua estreia foi justamente contra o Brasil, em um amistoso no dia 29 de março de 2003. Na ocasião, marcou o gol da vitória dos portugueses. Sob o comando de Luiz Felipe Scolari, foi chamado para a Copa do Mundo de 2006 e balançou as redes uma vez, contra o Irã, e ajudou a sua seleção a ficar na quarta posição do Mundial.
Nascido em Maringá, Alessandro dos Santos se mudou para o Japão quando tinha 16 anos, em 1994. No Oriente, jogou futebol pelo seu colégio e despertou o interesse do Shimizu Pulse. Em 2001, conseguiu se naturalizar e, diante das boas apresentações, foi convocado pelo então técnico Zico para defender a seleção japonesa na Copa do Mundo de 2006. No Mundial, teve pela frente o Brasil, tarefa que não abalou o jogador. Apesar de, no discurso, afirmar que a partida não teria nenhuma diferença das demais e que buscaria a vitória, os japoneses deixaram o gramado derrotados por 4 a 1.
Oliveira iniciou sua carreira profissional no Anderlecht (BEL), após deixar o Maranhão. Na Europa, precisou de três temporadas para se tornar ídolo e, com isso, se naturalizar belga. Apesar de se transferir para o Cagliari, da Itália, foi preterido para jogar a Copa de 1994. Mesmo assim, seu futebol continuou em alta e foi defender a Fiorentina, atuando ao lado do argentino Batistuta. A decepção por não ir ao Mundial dos Estados Unidos foi esquecida quatro anos depois, quando foi convocado para a Copa do Mundo na França, em 1998. Pela seleção da Bélgica, fez 31 partidas e marcou sete gols.
Depois de passar pelas categorias de base do Sampaio Correa, Francileudo dos Santos foi para o Anderlecht, da Bélgica. Sem conseguir se firmar, aceitou o convite do técnico francês Jean Fernandez para jogar no obscuro Étoile du Sahel, da Tunísia. Na África, no entanto, o jogador se tornou ídolo, ao marcar 32 gols em 50 partidas. Esse retrospecto rendeu um convite dos dirigentes tunisianos para que o atleta se naturalizasse, em 2003, e a chance de realizar um sonho, ao disputar a Copa do Mundo de 2006.
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