Gilberto Silva

O volante Gilberto Silva pode não ser unanimidade entre os torcedores brasileiros na seleção brasileira, mas é homem de extrema confiança do técnico Dunga – que jogava na mesma posição – e também é o responsável por proteger a intermediária defensiva verde amarela na Copa do Mundo, a sua terceira consecutiva.

Trata-se de um jogador de marcação impecável, grande força física e bom jogo aéreo, ainda que a habilidade com a bola não seja seu ponto forte. Mesmo assim, Gilberto Silva distribui com competência a bola para iniciar as jogadas de ataque, função que desempenha hoje no Panathinaikos, clube para o qual se transferiu em meados de 2008 e com quem já se sagrou campeão grego nesta última temporada.

No entanto, Gilberto Silva construiu o grosso de sua carreira no Arsenal, onde passou seis temporadas e venceu um Campeonato Inglês e duas Copas da Inglaterra.

Poucas semanas depois de chegar ao Arsenal, Gilberto Silva foi definido pelo técnico do time, o francês Arsene Wenger, como uma "parede invisível". Isso aconteceu em 2002, no auge da carreira do volante.

No mesmo ano, Gilberto Silva acabou a Copa como titular da seleção brasileira e campeão mundial, em desfecho que parecia improvável meses antes, quando o então jogador do Atlético-MG não tinha vaga assegurada no grupo do técnico Luiz Felipe Scolari.

No entanto, algumas boas atuações em amistosos asseguraram a presença de Gilberto Silva na delegação que foi ao Mundial de 2002. A sorte também ajudou, pois o volante se tornou titular com a contusão de Émerson nas vésperas da Copa. Ele também foi titular em dois jogos do Mundial de 2006.

Mas a ascensão de Gilberto Silva começou ainda antes. O volante chegou ao Atlético-MG em 2000, depois de ser contratado ao América-MG, após uma árdua disputa com o Cruzeiro.

Em 2001 fez um ótimo Campeonato Brasileiro, sendo eleito para a seleção do campeonato. Com o sucesso no Atlético, foi ser convocado pela primeira vez para a seleção para jogos das eliminatórias da Copa do Mundo, já na reta final.

Até alcançar o sucesso na carreira, Gilberto Silva teve que trabalhar como ferreiro, para ajudar seu pai a sustentar suas três irmãs em Lagoa da Prata. Já como profissional, precisava complementar a renda com empregos de operário, carpinteiro e em uma fábrica de doces. Mas o jogador não se ressente, e afirma que essa época foi importante na sua formação. Tanto que, recentemente, declarou seu desejo de voltar para Minas Gerais e terminar sua carreira no Atlético, clube que o alçou definitivamente à fama.

Em 2010, o atleta defendeu o Brasil durante a Copa do Mundo da África do Sul. No entanto, o time foi eliminado nas quartas de final contra a Holanda, com uma derrota de 2 a 1.