Tevez

Carlitos Tevez é argentino, ídolo da torcida do Boca Juniors e dono de uma carreira vitoriosa, apesar de jovem. No Brasil, não há como não associar sua imagem ao Corinthians. Ícone da polêmica parceria do clube com a MSI, o atacante argentino foi uma das poucas lembranças boas que restaram do acordo nebuloso, assim como o título do Brasileiro de 2005.

Tevez fez 46 gols (em 78 jogos) pelo time alvinegro entre 2005 e 2006, mas sua técnica e seu faro de artilheiro não foram as únicas qualidades que o marcaram no Parque São Jorge. O espírito guerreiro e a determinação logo o colocaram na condição de ídolo da fiel torcida. Todos comemoravam até carrinhos que Carlitos dava ao ajudar a defesa.

Tevez iniciou sua carreira na categoria juvenil do Boca Juniors. O atacante de estilo agressivo, veloz e ágil estreou na equipe profissional em novembro de 2001, quando substituiu Riquelme, principal ídolo do clube na época.

Não demorou a ser convocado para as seleções de base da Argentina e, eventualmente, para a seleção principal, graças às suas excelentes atuações no Campeonato Argentino e na Libertadores, quando seu time derrotou o Santos de Robinho e Diego na final de 2003, chegando ao título.

No fim de 2003, o Boca venceu também o Milan, nos pênaltis, na final do Mundial Interclubes em Yokohama (Japão). Em 2004, Tevez desequilibrou na conquista da medalha de ouro da Olimpíada de Atenas pela Argentina.

Na seleção nacional, ele ainda disputou a Copa do Mundo, em 2006. Fez dois jogos como titular e, embora não tenha chegado à final, provou na competição que tem totais condições de defender a Argentina com a mesma qualidade demonstrada nos clubes pelos quais passou.

Carlitos foi contratado pelo Corinthians em 2005 por US$ 20 milhões, na maior transação da história do futebol sul-americano. Com a camisa 10 do Timão, Tevez foi considerado o melhor jogador do Campeonato Brasileiro de 2005 e o melhor jogador das Américas por três anos consecutivos (2003, 2004 e 2005).

Trocou o Parque São Jorge pelo West Ham (ING) em agosto de 2006 após brigar com o técnico Leão, abandonar o clube e se divertir em boates de Buenos Aires. Na sua primeira temporada na Inglaterra, ajudou a equipe a evitar o rebaixamento para a segunda divisão.

O Manchester United se interessou pelo jogador. E, com uma transferência confusa, que quase parou na Justiça, conseguiu o empréstimo do atleta por duas temporadas.

Na temporada 2007/2008, o Manchester United mostrou que estava muito bem e faturou títulos importantes. No Campeonato Inglês, a equipe terminou em 1º com 87 pontos, dois a mais que o vice-campeão Chelsea. Já na final da Liga dos Campeões, a taça veio após a vitória nos pênaltis sobre o mesmo Chelsea. No tempo normal, a disputa terminou empatada em 1 a 1, mas o campeão inglês venceu por 6 a 5 nas penalidades.

O Manchester ainda se tornou o melhor time do planeta em 2008 ao conquistar o Mundial de Clubes da Fifa. Tevez foi titular na decisão diante da LDU, do Equador, vencida por 1 a 0.

Em 2009, o atacante argentino ficou mais tempo na reserva e mostrou decepção com o Manchester United. Seu empresário, o polêmico iraniano Kia Joorabchian, avisou que estava aberto a propostas. Real Madrid e Inter de Milão demonstraram interesse.

Apesar de o presidente corintiano Andres Sanchez falar inúmeras vezes que o ataque dos seus sonhos para 2010, ano do centenário do clube, seria com Tevez e Ronaldo, Carlitos foi para o Manchester City. O rival do United pagou 25,5 milhões de libras (cerca de R$ 84 milhões) pelo atacante, que já desperta o interesse do Real Madrid.

A carreira vitoriosa ilustra muito bem a volta por cima do ex-garoto pobre que nasceu e cresceu em Fuerte Apache, favela de Buenos Aires que recebeu este nome por causa da dificuldade que a polícia encontra para entrar no local. Fora dos gramados, Tevez, que possui uma queimadura da orelha direita até o peito devido a um acidente doméstico quando tinha cerca de um ano, gosta de se aventurar no universo musical. Tanto é que possui uma banda de cumbia, estilo que aborda as dificuldades da população pobre. O amor pela cumbia o fez apadrinhar a banda Piola Vago – ele costuma escrever letras para o grupo e participar de shows ao subir ao palco nas apresentações.