Palermo

Na década de 1990, Palermo foi, junto com os gêmeos Guillermo e Gustavo Barros Schelotto, uma das maiores recentes revelações do futebol argentino. Com seu topete loiro característico, o atacante começou no futebol por acaso, acompanhando seu irmão mais velho, que era goleiro do Estudiantes de La Plata. Quando criança chegou inclusive a jogar como goleiro.

Por indicação de um amigo, "El Loco" Palermo começou na equipe juvenil do For Ever, junto com os gêmeos Schelotto, que depois iriam jogar no Gimnasia y Esgrima La Plata. Palermo foi em direção oposta: o Estudiantes. Ficou por lá durante cinco anos, até seu passe ser comprado pelo Boca Juniors, onde conquistou dois campeonatos nacionais (um Apertura e um Clausura) e, em 2000, a Copa Libertadores da América, contra o Palmeiras – no mesmo ano foi campeão do Mundial Interclubes sobre o poderoso Real Madrid.

Foi o melhor jogador sul-americano de 1998, batendo Chilavert e Gamarra. Tornou-se internacionalmente conhecido ao perder três pênaltis em apenas uma partida da Copa América do Paraguai -1999, em um jogo contra a Colômbia.

Apesar desta marca negativa que o persegue até hoje, o grandalhão de 1,90 m despertou o interesse do futebol espanhol em 2000, quando foi contratado pelo Villarreal. No "Submarino Amarelo", o atacante não obteve muito sucesso. Tanto é que o seu momento mais marcante foi durante uma tragédia. Ao comemorar um gol pela Copa do Rei em 2001, torcedores correram para abraçar o jogador e o muro de proteção desabou sobre a sua perna. Resultado: o argentino sofreu grave lesão e perdeu boa parte da temporada.

Já sem espaço no Villarreal, foi negociado com Betis no segundo semestre de 2003. Mas ele jogou muito pouco no time de Sevilha e foi para o Alavés, onde também teve uma rápida passagem. Em 2004, Palermo regressou à Argentina para vestir novamente a camisa do Boca. Na equipe portenha reencontrou o caminho dos gols e dos títulos, conquistando mais uma Libertadores (2007) e várias taças nacionais.

O azar voltou à vida de Palermo em agosto de 2008. No confronto com o Lanús, pelo Torneio Apertura, ele torceu o joelho e rompeu os ligamentos depois de uma disputa de bola no ar. O retorno aos gramados demorou vários meses para acontecer. Mas depois de se recuperar, Palermo regressou à seleção argentina e se tornou o maior artilheiro da história do Boca Juniors ao passar a marca de 220 gols. O feito foi alcançado após marcar duas vezes no duelo com o Arsenal Sarandí (vitória por 4 a 0), pelo Clausura.